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Considerações – Sobre John Sherman



Identificação Equivocada

Ao ler John Sherman, inicialmente duvidei se ele sabia sobre o que estava falando.

Eu acredito que a maneira que John Sherman aborda a questão do ego, pode confundir alguns iniciantes. Portanto, para compreender melhor o que ele diz, é necessário saber antes o que significa "identificação equivocada".

Identificação equivocada significa confundir a aparência humana com quem nós realmente somos. Significa também apego, ficar perdido ou distraído nas coisas.

Através do ensinamento de Ramana, John Sherman inclui no termo "mim mesmo", o ser e o ego (tudo). Ao observar atentamente e sentir tudo em mim mesmo, sem tentar fugir nem resistir à realidade, chegamos ao pano de fundo, ao Ser além das aparências, além do teatro e espetáculo da vida cotidiana. Então começamos a perceber a diferença entre o falso e o verdadeiro, entre o impermanente e o permanente. Embora ainda sejamos as duas coisas, afinal ainda temos um corpo, ainda somos humanos. Queiramos ou não.

Logo, o "abandono", a "dissolução" ou "morte" do ego, significa apenas força de expressão, que aponta para o fim natural da ilusão, para o fim da identificação equivocada, na medida em que compreendemos a verdade, o que é falso e o que é verdadeiro. Quando ainda acreditávamos que éramos a aparência, corpo-mente, um indivíduo limitado que nasce e morre.

Enquanto vamos compreendendo melhor a respeito de nós mesmos, sem tentar ignorar e negar o ego (mim mesmo), enquanto "ele" reivindica seu direito de "existir" individualmente. Em seguida o que é falso e ilusório vai desaparecendo naturalmente sem nos preocuparmos com isso. Pois, é o surgimento natural da verdade em nós que faz desaparecer paulatinamente o falso, o ilusório, a mentira.

Jesus conheceu tanto a respeito do "mim mesmo", estava tão familiarizado que chegava a dizer: "De 'mim mesmo' nada posso fazer". Se o indivíduo, a aparência humana é limitada, quem então é capaz de fazer através do "mim mesmo"? Nós (além da aparência), ou "Eu Sou". Mas, isso só é possível quando sabemos ou experimentamos quem realmente somos agora mesmo.

Se preocupar e se apegar a aparência humana, achando que somos esta pobreza, Mooji chama tal atitude de "saco de lixo". É necessário "enxergar" além da aparência humana. Ou seja:

Todo lugar que você vai, as pessoas carregam suas "mochilas" de personalidade. Até mesmo na praia todo mundo tem uma! [Risadas] O que é essa mochila? É a identidade-ego. "Eu sou único. Eu me preocupo comigo, com meu corpo e minha mente. Olhe como isso tem tido sucesso - observe minha beleza!" [Mais risadas] Elas não conseguem largar este saco de lixo. E, o tempo todo, isto é simplesmente a natureza que está atuando através de cada forma em maneiras singulares. Ela expressa julgamentos e preferências superficialmente. Ela age como se fosse um indivíduo autônomo desconectado dos outros seres sencientes. Na verdade, o oposto é verdadeiro (Mooji).

***

... se abandonar todo sentido de si mesmo como um indivíduo, você descobrirá a si mesmo, tal como você é. Se concentrar toda a sua energia, todo o seu talento e intelecto no objetivo de descobrir, direta e imediatamente, a verdade de sua natureza, você desaparece, porque "você" nunca existiu. É isso que torna tudo tão fácil (John Sherman).

***

Antes que seja abandonado o “eu”, temos que descobrir exatamente aonde esse “eu” reside. É apenas quando encontramos o “eu”, é que podemos falar em abandoná-lo.

O aspirante deveria iniciar a busca por esse “eu” em seu próprio centro. Ele nunca será encontrado fora de nós. Em cada ser humano o sentido de “eu”, ou ego; e de “meu”, o sentimento de posse; está preenchendo-nos até a borda. Todas as ações no mundo são realizadas pela força desse ego, e o sentido de “meu”. Para rastrearmos esse “eu” vamos primeiro examinar nosso próprio corpo físico grosseiro, que parece tão próximo de nós. Após analisá-lo, vamos ver se esse “eu” pode ser encontrado em algum lugar do corpo... (Siddharameshwar Maharaj).

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Buscando o ego, ou seja, a fonte dele, o ego desaparece. O que sobra é o Ser. Esse método é o direto (Ramana Maharshi).

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A consciência de Cristo pode ser alcançada, mas somente de uma maneira, isto é, através de nosso reconhecimento da natureza do erro... (Joel S. Goldsmith).

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Vejamos um exemplo: Toda madrugada eu acordava com medo. Então eu pensava: “este medo não é meu" e tentava ignorar o medo. Depois, certo dia, eu resolvi observar o sentimento de medo, afinal meu ou não, eu estava sentindo. Então obtive um esclarecimento interior ou um insight. Ou seja: Enquanto ser humano e através da identificação equivocada, expressamos o nosso sentimento mais íntimo: Apreciamos a justiça ou queremos ser justos, temos medo de morrer, queremos ser o melhor ou perfeito. Porque no íntimo, na verdade somos tudo isso e mais ainda (justiça, imortalidade, perfeição). Mesmo assim, enquanto isso, não importa em que acreditamos teoricamente, pois sentimos, sabemos com certeza que somos pessoas comuns e mortais. Por que? Porque temos um corpo frágil e limitado, temos ainda medo, defendemos nosso ponto de vista, ainda somos humanos, etc.

Portanto, não importa se eu já tenha lucidez suficiente, ou se eu já seja de fato um iluminado. Mesmo assim, de repente, diante de algum “perigo”, ou da possibilidade da morte, poderei chorar igual um bebê e dizer: “Pai, se for possível afasta de mim este cálice!”. E se eu tiver um pouco mais de lucidez, direi: “Todavia, não seja como eu quero, mas como tu queres!”. Quem seria o “tu” nesse caso? O Ser. E quem seria o “eu”? O ego, o corpo-mente.

Por isso John Sherman diz: Tente imaginar um estado no qual o corpo se desloca, faz as coisas que faz, fala e se comunica, em meio a um branco absoluto, no qual a ilusão da existência desapareceu. Isto é desconcertante! E essa ideia causa um sofrimento considerável, por causa de nossas tentativas constantes de imitar, criar e fabricar semelhante estado.

Conclusão: Mesmo que sejamos iluminados, temos um corpo, somos humanos e não sobre-humanos. Ainda teremos algum medo, alguma fraqueza humana, ainda ficaremos indignados com algumas coisas, e talvez façamos algo como derrubar as mesas dos cambistas no templo, afinal somos humanos. O desejo, a compulsão, a carência, o apego, o orgulho e o egoísmo estarão bastante reduzidos, mas ainda teremos. E se estivermos na expectativa de que para ser iluminado temos que ser realmente sobre-humanos, então continuaremos acreditando que estamos distante da Verdade e que a Verdade seja algo difícil ou impossível de alcançar e continuaremos com a mesma fé pessimista dos fariseus. Contudo, se o seu desejo e compulsão são ainda muito fortes, continue procurando compreender a Verdade interior, sem se sentir inferior e menos capaz. Porque tudo isso é natural e todos nós passamos por isso, inclusive Jesus Nazareno (humano). Agora, se você já percebeu a transformação interior, continue humildemente procurando compreender um pouco mais a Verdade, porque ela nunca é demais.


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Auto-Investigação - John Sherman

A Verdade Liberta

Vamos começar do começo, sem saber nada a não ser que estamos aqui, como seres humanos, e que parece haver algo fundamentalmente errado em uma vida como um ser humano: ela deveria ser melhor, mais fácil e mais agradável do que é.

A verdadeira causa de toda a aflição e sofrimento humano é uma falsa crença sobre o que eu sou; uma falsa convicção de que eu sou a minha vida.

Reflita comigo um momento. Mesmo que você já tenha escutado isto antes; mesmo se você estiver completamente familiarizado com esta afirmação, e concorde com ela ou discorde dela completamente, pare um instante e considere-a, como se a estivesse ouvindo pela primeira vez, como se ela significasse exatamente o que diz.

Se é verdade que a causa de todo o meu sofrimento é uma falsa crença sobre o que eu sou, a única coisa que realmente importa é saber a verdade do que eu sou. E saber a verdade forçosamente me libertará de qualquer ideia falsa sobre o que eu sou. Nada mais pode fazer isso.

Isso não pode ser difícil, não é? Afinal de contas, eu estou sempre aqui. Eu estou sempre, completamente disponível para mim mesmo. Nenhum desenvolvimento espiritual especial é necessário para entender isto. Com certeza, eu posso, sempre que quiser, olhar para mim mesmo. Eu posso saborear, por um momento, a sensação de existir. A auto-investigação de Ramana não é nada mais do que olhar diretamente para mim mesmo e saborear esta sensação de mim mesmo.

Eis a promessa: se você parar um momento, sempre que puder, sempre que se lembrar, e voltar a sua atenção consciente para esta experiência nua e crua de existir que é tudo que você é, seu sofrimento imediatamente começará a diminuir e a fumaça quente e espessa de falsidade, confusão, dúvida e medo que encobre a mente começará a se dissipar. E, nas próprias palavras de Ramana, tudo vai dar certo no final.

A auto-investigação de Ramana é inacreditavelmente simples e, justamente por ser tão simples, vai ser necessário algum tempo e um esforço cuidadoso para verdadeiramente receber a sua transmissão essencial. Nós temos todo o tempo do mundo para considerar tudo isso conforme for necessário.

Com amor,

John Sherman

Fonte: http://developing.riverganga.org/translations/tr-self-inquiry-is-the-answer-port.shtml












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A Verdade Sobre Quem Eu Sou - John Sherman

O Reino de Deus está próximo

Todo o ensinamento de Ramana Maharshi pode ser reduzido a dois pontos simplesmente. Primeiro, o único problema que tenho é uma ideia falsa sobre quem eu sou. Segundo, a única solução desse problema é a verdade sobre o que eu sou. É bem simples assim. A verdade do que eu sou não está distante. Não exige que se ganhe alguma coisa, não exige que se compreenda alguma coisa, não exige que se conserte alguma coisa na história sobre o que sou e não requer que se tomem quaisquer medidas terapêuticas. Não exige nada mais do que ver o que eu sou. E, é claro, é quando você tenta ser verdadeiro para com alguma ideia sobre o que você é que começam todos os problemas.

Eu estou aqui. De fato, que eu estou aqui é tudo que sei. Não há nada mais que eu saiba ou possa saber, senão que estou aqui. Todo o resto é história, tudo bobagem, algo a satisfazer, algo a aderir. Mas eu estou aqui, e tenho certeza absoluta de que estou aqui. Ninguém pode me dissuadir disso. Ninguém em lugar algum pode me fazer mudar de ideia sobre a certeza de que estou aqui. Não há ensinamento, não há estado de transe, hipnose, siddhis ou poder qualquer que seja que possa convencê-lo de que você não existe. Há poderes que podem distraí-lo, entretê-lo e fazê-lo sentir-se bem ou mal, mas não há poder em lugar algum - nem mesmo o próprio Deus tem esse poder - que possa fazê-lo acreditar que você não está aqui.


Você está aqui, disso você tem certeza. Portanto, de onde vem esta certeza? Por que você tem tanta certeza disso? O que há em você que lhe dá certeza de que você existe? Eis a totalidade da auto-investigação. Só o que precisa acontecer para você acabar com a crença falsa do que você é, é que você deliberada e conscientemente volte sua atenção para procurar e encontrar seja lá o que for que lhe dê certeza de que você existe. Que dificuldade pode haver nisso? Você nunca está ausente, nunca está faltando e nunca muda. Que dificuldade pode haver em vivenciar deliberada e conscientemente a realidade de ser quem você é?

Há quem sustente que há coisas que têm que acontecer a fim de você saber o que você é. Acho isso ridículo. Você já sabe o que você é. Há quem sustente que é preciso que se tomem medidas terapêuticas a fim de "tornar mais transparente a consciência egóica" ou "transcender o ego" ou fazer alguma coisa com ele que torne mais fácil ver o que você é por trás da névoa de loucura que é o ego. Isso não pode ser verdade.

Você está óbvia e inegavelmente aqui, não importa qual loucura esteja se passando dentro de você. E Deus sabe que já tentamos por todos os meios que pudemos encontrar - psicologia, espiritualidade, política, economia. Já experimentamos de tudo. Tentamos fazer as coisas certas, pôr as coisas na linha justamente para podermos finalmente ser livres do que quer que seja que nos aprisione. Mas nada realmente funciona.

John Sherman






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O Mais Elevado Ensinamento - John Sherman

Conhecendo a Si Mesmo

A chave para a sua vida é descobrir, por si mesmo, a natureza de seu ser, de uma maneira direta, imediata e impossível de se negar. Quem você é, de verdade. Esta é a chave para você exalar seu último suspiro satisfeito. Ao invés de continuar avidamente buscando mais uma chance, mais uma coisa, mais uma ideia. Como isso pode ser difícil? Como pode ser difícil desviar sua atenção de todas as produções da mente, de todas as ideias da mente, de todos os conceitos, de todas as opiniões, de todas as práticas? Retirar sua atenção de todas essas coisas e voltá-la para dentro, para si mesmo. Não para o seu "eu superior", não para o seu "verdadeiro eu". Não há dois "eus", um em busca do outro. Há apenas você mesmo. A sensação cotidiana, mundana, de "mim mesmo". Isso que é permanente, ao contrário de tudo mais. Isso que jamais se moveu, nunca mudou nem um milésimo, em toda a sua vida. Como pode ser difícil descobrir o que é permanente?

Tudo, toda experiência pode ser previamente eliminada. A experiência do corpo, do pensamento, da emoção, as experiências de enlevo, de pesar, de raiva, em suma, tudo que é impermanente. A experiência da consciência oceânica, de bem-aventurança, de consciência divina, de paz, nada disso pode ser o que você está procurando.

O que você busca é o que é permanente, o que nunca mudou, o que nunca se moveu, o que é absolutamente inevitável. Acordado, adormecido, você está presente. Sempre o mesmo.

Ramana Maharshi roubou este ensinamento. Este é o ensinamento mais elevado, que foi sempre mantido em segredo para todos, exceto para aqueles que tivessem vencido os estágios do caminho na tradição em que se encontravam, e que tivessem feito tudo que tinham que fazer. Somente então lhes era revelado que a única coisa que precisavam fazer era descobrir quem eram.

Ramana Maharshi diz que esta investigação consiste em usar toda a energia de sua vida para descobrir a verdade do seu ser, em vez de desperdiçá-la em todos os outros objetos nos quais desperdiçamos nossa atenção. Esta investigação em si mesma não é um meio para um fim. Não há nada que se possa atingir ao se embarcar nela. Ramana Maharshi nos diz que a própria investigação é a auto-realização. É a consciência atenta, alerta e ciente de si mesma como ser eterno.

Não se pode alcançar a realização. Você é realização. Você não pode alcançá-la nem perdê-la. Ninguém pode lhe dar a realização, nem tirá-la de você. Para você cumprir o objetivo de sua vida, é necessário apenas manter a sua atenção incessantemente voltada para dentro, para "eu". Voltada para esse sentido de "mim mesmo" que esteve com você a sua vida inteira. Este sentido de "mim mesmo" que você chama de "eu" ou pelo seu próprio nome. Esta sensação de "mim mesmo", que é inevitável e inatingível, e que é exatamente a mesma para todos. Para todos.

Há duas maneiras de se abordar isto e elas são idênticas. Uma maneira é render-se, que significa neste instante, agora mesmo, neste momento, parar de pensar. Abandonar todo sentido de si mesmo como um indivíduo. Mas quem é que consegue fazer isso?

A outra maneira é descobrir quem você é. Buscar incessantemente somente a sim mesmo. Nada mais, apenas a si mesmo. Se parar de pensar, se abandonar todo sentido de si mesmo como um indivíduo, você descobrirá a si mesmo, tal como você é. Se concentrar toda a sua energia, todo o seu talento e intelecto no objetivo de descobrir, direta e imediatamente, a verdade de sua natureza, você desaparece, porque "você" nunca existiu. É isso que torna tudo tão fácil.

John sherman

Fonte: http://www.riverganga.org/Translations/tr-the-highest-teaching-port.shtml




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O Estado Natural - John Sherman

Acreditar No Oposto a Verdade Atribui Poder a Mentira

Ramana nos diz que a única diferença entre a experiência do jnani (com o que ele se refere ao ser desperto) e a experiência do ajnani (nome que se dá àquele que ainda acredita estar preso à ignorância) é que o jnani não acredita em nada disso. Só isso! E, é claro, este negócio de acreditar ou não acreditar não pode ser fabricado, por mais que você tente acreditar no que lhe dizem que deveria acreditar, e não acreditar no que lhe dizem que não deveria acreditar. Esse "não acreditar" é o estado natural que está sempre presente quando a atenção repousa no ser; ele é simplesmente o seu estado natural.

Ramana também fala sobre o ego, a manifestação e o espetáculo de horror que fazem parte da vida espiritual, e se refere a eles como miragens. Uma miragem é diferente de uma alucinação ou uma ilusão. Na prática espiritual, pensamos que essas coisas são ilusões: o mundo é uma ilusão. E, portanto, com base em nossa experiência e entendimento limitados desses assuntos, concluímos que todas essas coisas desaparecerão, uma vez que a mente tenha despertado para si mesma, e que o despertar tenha se estabilizado.

Isso é bastante desconcertante. Tente imaginar um estado no qual o corpo se desloca, faz as coisas que faz, fala e se comunica, em meio a um branco absoluto, no qual a ilusão da existência desapareceu. Isto é desconcertante! E essa ideia causa um sofrimento considerável, por causa de nossas tentativas constantes de imitar, criar e fabricar semelhante estado.

Uma miragem é diferente e muito mais próxima da realidade. Mesmo quando você sabe que é uma miragem, ela não desaparece. O mundo não precisa desaparecer, mesmo quando visto com clareza, diretamente, inegavelmente pelo que é: simplesmente pensamento, apenas imaginação.

Tudo isso é para o seu prazer! O mundo não faz nada, não afeta nada. Nada está em jogo aqui. O pesar pode ser ainda maior, mais profundo e mais rico, na ausência de uma história a seu respeito, quando não se acredita que algo está em jogo. Mas ninguém é prejudicado por ele; ninguém se torna incapacitado por causa dele; não é preciso acabar com ele.

Tudo isso que descrevo inadequadamente é o seu estado natural. É disso que Ramana fala: sahaja samadhi ou estado natural. Este é o seu estado natural de ser. E ele não passa a existir em algum ponto no tempo; ele simplesmente se revela quando sua atenção está voltada para o seu próprio ser, e não para o pesar, a confusão, para aquilo que você sabe, ou para a paz.

Quando a sua atenção está em você mesmo, este estado natural das coisas revela-se como algo que sempre esteve aqui. E percebemos que as estratégias utilizadas previamente para fugir a ele são mecânicas e muito pouco interessantes. Na verdade, elas perdem completamente o interesse. Elas são como brinquedos de dar corda. Elas são tão pouco interessantes, que você nem se importa se elas desapareceram ou se vão desaparecer algum dia.

John Sherman

Fonte: http://www.riverganga.org/Translations/tr-the-natural-state-port.shtml




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Nu, Sozinho e Sem Saber Nada - John Sherman

A Identificação Equivocada é a Totalidade de Sua Consciência Individual.

Todo mundo diz que a identificação equivocada é o problema, mas ninguém tem a menor ideia do que fazer com ela, a não ser "eliminar o ego", "matar a mente". O que é estranho com relação a isso, em nossa sociedade em particular e na cultura ocidental, é que "ego", palavra usada para indicar este diabo que precisa desaparecer, é o termo latino para "eu".

Esta é uma coincidência realmente maravilhosa, porque de maneira bastante chocante e surpreendente, o objetivo sugerido por Ramana para a sua investigação é justamente o ego, este sentido de "mim mesmo", e não alguma coisa nova. Ramana diz que a realidade da identificação equivocada consiste na totalidade de sua consciência individual. Ela não é um objeto que surge e desaparece dentro da sua consciência individual; ela é a totalidade do mundo, da unidade mente/corpo que aparece quando você acorda de manhã, desaparece quando você adormece à noite e, quer você tenha notado ou não, aparece e desaparece frequentemente durante o dia. É a totalidade desta consciência que você talvez tenha passado a acreditar que é a própria consciência. Esta é a essência da identificação equivocada.

É a isso que Ramana se refere quando fala do "pensamento eu" e da ideia "eu sou o corpo". Passei muito tempo procurando a ideia "eu sou o corpo" quando estava vivendo no "inferno", e não consegui encontrar nada que respondesse a esse nome. A razão para isso é que eu estava procurando um pensamento, uma ideia dentro desta consciência que é, ela mesma, a própria ideia "eu sou o corpo".

Isto é realmente importante. Não se trata de alguma coisa que surge dentro da sua consciência; ela é a realidade da sua consciência individual em sua totalidade. E o campo que subjaz a ela é a sensação de existência. É esta sensação de existência como "eu" que se revela permanente. É a própria fonte do "pensamento eu" que se revela permanente.

Ramana nos orienta a encontrar o ego. Ele nos diz para encontrar este sentido, esta sensação de "mim mesmo" (que toda a minha vida espiritual eu sabia que era o diabo, o problema que tinha que desaparecer) e manter a atenção somente nela. Quando a atenção se desviar desta inexperienciável experiência de ser, ele nos orienta a trazê-la de volta. É isso que Papaji quer dizer quando compara a mente, e sua tendência a voltar-se para o exterior, com um touro que precisa ser continuamente trazido de volta ao estábulo, até que finalmente ele se cansa de ir para fora e percebe que tudo que buscava lá fora pode ser encontrado apenas aqui.

Quem sou eu? A que estou me referindo quando digo a palavra "eu"? Esta pergunta aponta para o alvo da sua investigação. A que estou me referindo quando digo a palavra "eu"? Eu sei do que estou falando quando falo de minha camisa marrom. Sei a que objeto estou me referindo. Sei aonde minha mente vai se você me perguntar "Que tipo de relógio você está usando?" Aonde vai a sua mente quando eu lhe pergunto "Quem é você?"

Essa é a fonte, essa é a origem, esse é o campo. E o que se pede a você é simplesmente isto: mantenha sua atenção nisso, não se satisfaça com nada mais; e veja que todas as coisas que você pensou que eram o objeto de sua vida espiritual são puro lixo. Não servem para nada.

Em função desta investigação, pelo menos aceite isso como uma possibilidade, e busque somente o seu ego. Deixe de lado toda a bagagem metafísica que você carrega, esqueça todos os conceitos filosóficos que você conhece, deixe de lado todas as ideias espirituais que você tem, e simplesmente, na prática, procure a si mesmo. E não se satisfaça com mais nada.

Portanto, é aqui que começamos: sem saber nada, sofrendo, cansados de aceitar ideias como a solução para nosso problema insolúvel; com seriedade absoluta e uma intenção determinada de saber a verdade. Nem a grande Verdade, nem a pequena verdade, mas a verdade de quem eu sou, pouco importa o que ela revelará ser. Sabendo que eu posso acabar descobrindo que sou apenas um pedaço de carne em putrefação.

Esqueça todas as garantias que o trouxeram até aqui. Você começa nu, sozinho, sem saber nada, sem querer nada, a não ser a verdade e sem ideia alguma acerca do que ela é. Encontre a si mesmo.

John Sherman

Fonte: http://www.riverganga.org/Translations/tr-naked-alone-unknowing-port.shtml




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Tudo Que Você Vê é Você Mesmo - John Sherman

Seu Ser é Você

Seu ser não é algo novo. Não é uma nova explosão de discernimento, clareza e revelação mística. Não há absolutamente nada de novo em relação ao seu ser. Ele é você mesmo. Não é o seu "verdadeiro eu", não é o seu "eu superior". Não é o seu "eu divino", nem o seu Eu com maiúscula. Simplesmente você mesmo. O objetivo da investigação oferecida por Ramana Maharshi é essa presença constante que é tão ubíqua, imóvel e permanente que passa despercebida pela mente, a qual é atraída pelo movimento e objetos brilhantes como pensamentos, emoções, ideias e estados emocionais (bons e ruins). Todos vão e vêm, vivem, mudam e existem em você, que é esta simples presença. A simples presença da qual não se pode escapar, a qual não se pode descartar, a qual não vai e vem, e que é precisamente isto que você chama de eu.

Ramana nos aconselha a manter a nossa atenção no eu e não nos preocuparmos com todas as histórias a respeito disso. Não nos preocuparmos com todos os sutras, mantras, upanixades, expressões, poesia, hinos e tudo mais. Ele nos aconselha a não desperdiçar este tempo precioso prestando atenção em todos os pensamentos sobre nosso ser e, ao invés disso, manter nossa atenção somente em nosso ser. A coisa notável sobre o convite de Ramana é que o ser no qual ele sugere que mantenhamos a nossa atenção não é algo superior. O ser no qual ele nos instrui a concentrar a nossa atenção é precisamente o que chamamos de ego. Ele é a totalidade da presença que é você. É exatamente a isso que se refere a palavra "eu".

"Ego" é uma palavra latina que significa "eu". É só isso que ela significa: "eu". Esta palavra foi incutida pela fascinação peculiarmente americana pela psicanálise e psiquiatria em geral. Ela foi maculada por uma espécie de essência mística. Mas significa apenas "eu". Exatamente o que você é. É tudo que você é. E este "eu", que é você, é a presença na qual a minha voz aparece e desaparece, na qual estados de despertar, realização, êxtase e consciência oceânica vão e vêm. A presença na qual estados de confusão, depressão, remorso, melancolia, horror e terror vão e vêm. Esta presença que nunca mudou, que está sempre presente, da qual não se pode escapar. Todos os nossos esforços para manter a nossa atenção fixa neste monte de lixo que é a mente são realmente esforços para escapar dessa presença.

A sugestão de Ramana é que você mantenha a sua atenção em seu ser, em você mesmo, e esqueça tudo que sabe sobre coisas espirituais. Este é o primeiro pré-requisito. Você tem que esquecer tudo; tem que jogar tudo fora. Tudo. Em seguida, você tem que voltar a sua atenção para dentro, e provar esta sensação de "mim mesmo" que está inescapavelmente presente. O objetivo disto é romper com o transe da identificação equivocada. O objetivo disto é experimentar conscientemente o sabor que você tem. Quando você entender, quando você perceber, quando você tiver a experiência consciente, por um segundo que seja, do que é o seu ser, você saberá, final e irreversivelmente, que tudo que você vê é você mesmo.

John Sherman

Fonte: http://www.riverganga.org/Translations/tr-everything-you-see-is-yourself-port.shtml



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O Propósito da Sua Vida - John Sherman

A Busca da Verdadeira Identidade

Recentemente me perguntaram em uma reunião qual é o propósito da vida. Tornou-se bastante óbvio para mim que, de maneira quase universal entre os seres humanos, existe um senso profundo de que há uma razão para estarmos aqui nestas vidas, nestes corpos. Que há um propósito para a vida; que a vida culmina em alguma coisa sem a qual ela não é a magnificência da leela (o teatro divino), mas chatice, monotonia, falta de sentido, uma falsa promessa. Parece que os seres humanos são impelidos por um sentido profundo de que estão aqui para fazer ou aprender algo. Existem milhares de religiões, superstições, ideias e filosofias, cujo único objetivo é fornecer uma explicação para esse senso de que existe um propósito para a vida. Todas elas são inúteis.

Outra coisa que percebi recentemente é que todos nós vivemos nossas vidas tentando incessantemente descobrir, compreender ou vislumbrar quem somos afinal de contas: quem deveríamos ser, o que estamos nos tornando, o que não deveríamos ser, o que nossos pais dizem que somos. O que a nossa igreja, a nossa sociedade, os filmes, os romances, os terapeutas, os padres e pastores, os policiais ou os nossos colegas dizem que deveríamos ser. A única coisa que não fazemos é transformar esta busca em algo explícito, porque isso significaria admitir o fato de que não temos a menor ideia de quem somos ou de onde viemos.

Portanto, parece que passamos nossas vidas num frenesi, tentando fazer todo o possível para descobrir, ou nos tornar, ou criar quem somos. E sempre fracassamos. Obviamente fracassamos. É óbvio que fracassamos, já que não temos a menor ideia, não há qualquer possibilidade de descobrir quem somos.

Foi isso que aconteceu na minha vida. Em retrospecto, tudo que fiz nesta vida foi uma tentativa de descobrir ou criar alguém, para que eu pudesse saber quem eu era. Nunca me ocorreu apenas olhar e descobrir por mim memo. Eu não sabia. Eu queria saber. E fiz tudo que pude para criar algo que fosse razoavelmente coerente e permanente para que eu pudesse dizer: "eu sou isto". "É disso que estou falando quando digo eu: o revolucionário comunista, o maquinista, o filósofo, o assaltante de bancos, um cara legal, etc." De certo modo, um homem bom. Tinha que ser um homem bom.

Que surpresa ao descobrir que todo esse tempo eu estava buscando na direção errada! Todo esse tempo eu estava olhando exatamente na direção oposta. Eu estava olhando para fora. Este "lá fora" são os pensamentos, as emoções, os motivos, as intenções, os desejos e a maneira como você olhava para mim. O que você pensava de mim, o que eu pensava que você pensava de mim. Evidentemente eu não podia saber o que você pensava de mim, mas podia ter uma ideia do que eu pensava que você pensava de mim e decidir se era isto que eu queria ser. E o que eu tinha que fazer, seja para me tornar ou rejeitar isto.

Ramana disse que o propósito da vida é você descobrir quem você é. É simples assim. Só o fato disto ser dito e ouvido é um golpe de sorte! É inacreditável. Isto esclarece tudo. Isto explica a razão de toda essa loucura. É claro, é isto que estou fazendo. É claro!

O propósito de sua vida é descobrir quem você é. E como se descobre isso? Você procura a si mesmo. Este é o fio da navalha. Este é o caminho direto, absolutamente não contaminado. Você procura a si mesmo.

Quando você sabe o que está fazendo, quando compreende que o que você está fazendo é tentando descobrir quem você é, a direção de sua atenção, a maneira mais inteligente de fazer isso se torna imediatamente óbvia. Você procura a si mesmo. Você procura a si mesmo na única direção onde há a mínima possibilidade de encontrar a si mesmo: para dentro, em direção àquele que vê, porque este é você. Em direção àquele que faz, àquele que age, porque você acredita que é quem faz, quem pensa, quem sofre e quem se deleita. Em vez de olhar lá fora, em todas as ideias acerca de quem você deveria ser, poderia ser ou não deveria ser, olhe para você.

Em vez de olhar para fora, em todos os conceitos espirituais sobre o que você é: vazio, consciência pura, Deus, alma imortal, seja lá o que for. Em vez de olhar para fora, olhe diretamente para dentro, para aquele que está olhando. Olhe constantemente nesta direção; na direção daquele que está olhando, daquele que está fazendo. Na direção do seu próprio ser.

John Sherman

Fonte: http://www.riverganga.org/Translations/tr-purpose-of-your-life-port.shtml




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Esforço e Naturalidade - John Sherman

A verdade Sobre Seu Ser

Ramana sempre foi muito claro quanto ao caráter prático do que ele oferece. Seu ensinamento não é abstrato, não é um bla-bla-bla espiritual; seu ensinamento é o entendimento, a constatação imediata e instantânea por parte da mente de "quem você é". É o seu ser. E o propósito desta investigação não é encontrar uma resposta. O propósito desta investigação é simplesmente parar a tendência natural da mente de ir para fora e se agarrar às coisas, de se mover constantemente, de vadiar por entre os objetos que aparecem na consciência (que são absolutamente tudo), procurando uma solução para o problema. O propósito é interromper esta tendência da mente e, exercendo todo o esforço necessário, virar a mente para dentro, em direção à sua fonte. E mantê-la ali.

Na minha experiência, este é o maior esforço que já fiz. Ele exigiu uma determinação e uma seriedade de intenção que eu jamais tinha imaginado. Pode ser que para você não seja assim, mas para mim foi realmente difícil.

Não se preocupe se for diferente para você. Não se torture com o que você ouviu falar acerca a naturalidade do ser. A verdade é que não temos a menor ideia do que são esforço ou naturalidade; ou melhor, temos muitas ideias acerca do que são esforço e naturalidade. Ignore todas elas. A promessa de Ramana é que esta investigação, que parece requerer tanto esforço, finalmente se revelará como a própria naturalidade, que dispensa qualquer esforço. Mas não é possível criar esta naturalidade, esta ausência de esforço. Entendemos mal o que é esforço. A verdade é que todo o esforço que fazemos ao longo desta vida consiste em manter a nossa atenção fixa nos objetos que aparecem na consciência e afastada da realidade do nosso ser. Este é o esforço e ele é contínuo. Começa quando acordamos de manhã e continua ao longo do dia, na tentativa desesperada de manter a experiência intermitente de mim mesmo em uma linha contínua. Este esforço é interminável e cansativo. É uma tortura.

Este novo esforço que é oferecido a você aqui visa a descansar a mente em sua fonte. A fonte da mente é o que chamamos de seu ser, simplesmente o seu ser comum de todos os dias. Nada especial. Se for especial, não é o que você está procurando. Você precisa entender isto. Seu ser é isso no qual todas as experiências, boas, ruins, atormentadoras, paradisíacas, em suma, todas as experiências; todos os pensamentos, todos os estados, quaisquer que sejam, vão e vêm. A verdade do seu ser não é um sentimento. Não é a experiência que você tem em satsang. A experiência que surge em satsang é uma graça recebida, indescritivelmente bela, mas ela se vai. Ela aparece e desaparece. Pode permanecer durante anos, mas quando ela vier, você pode ter certeza absoluta de que irá desaparecer, por mais doce que seja. De fato, é esta certeza que todos nós temos, de que tudo que vem tem que ir, que os budistas consideram a semente do sofrimento contida dentro da felicidade nesta vida. É esta certeza não reconhecida de que se ela apareceu, um dia desaparecerá.

Portanto, esqueça as experiências. O que você está buscando não é uma experiência. Você já teve muitas experiências. O que você está procurando não é um novo sentimento. Você já teve muitos sentimentos. O que você está buscando é o seu ser, é você mesmo, cuja única característica é a permanência. É isso que você chama de "eu". Seu ser é aquilo a que você se refere quando diz a palavra "eu". Esta é uma pista. E eu lhe digo para concentrar toda a sua energia, todos os seus recursos, toda a clareza intelectual e inteligência que você tem à sua disposição em um único objetivo: descobrir o que você é.

John Sherman

Fonte: http://www.riverganga.org/Translations/tr-effort-effortlessness-port.shtml




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O Obstáculo Final - John Sherman

Tudo é o Seu Mestre

Na tradição em que Ramana aparece, seja qual for o nome que a ela se dá, fala-se dos invólucros, as camadas que encobrem o Atman. O invólucro final, o obstáculo, o obscurecimento final leva o nome de Anandamaya Kosa, o invólucro da bem-aventurança ou êxtase. Este é o obscurecimento final e, frequentemente, é um ponto de apego.

Esta bem-aventurança é uma experiência: para quem surge esta experiência? A experiência de bem-aventurança que você conhece através da investigação é substituída pela experiência de confusão, quando você se vê diante de algo que não se ajusta totalmente ao que sua mente decidiu, talvez silenciosamente, que é o caso.

Portanto, se o êxtase que você experimenta desaparece e é substituído pela confusão, ele não é o que você está buscando. Se desaparece, não é o que você está procurando. O que você está buscando é o seu ser, que nunca mudou e nunca mudará. Você sabe disso. Ali nada muda: nascimento e morte não existem.

Esta é a beleza do vichara, a auto-investigação. Esta é a sua magnificência. Tudo é o seu mestre. Tudo: todos os pensamentos, todos os sentimentos, todos os momentos de bem-aventurança ou de confusão agora levam você de volta ao seu ser. Basta você inverter a direção de sua atenção e segui-la de volta à fonte. Tudo isso é o guru exterior, que empurra você para o guru interior, que o está atraindo para si. Todo pensamento, toda confusão, todos os erros e enganos, todos os acertos, tudo está indicando: "Ali, ali".

Não estamos aqui pela bem-aventurança. A bem-aventurança, o êxtase são ótimos, mas eles vão e vêm. A bem-aventurança que é você é permanente. A bem-aventurança que é você é aquela na qual a agonia e o êxtase igualmente têm seu lugar.

Tudo depende da sua intenção. Tudo depende do que você quer. Se quiser a experiência de bem-aventurança, isso é fácil. Há muitos gurus perambulando por aí com grande shakti, que lhe darão isso. E se você não encontrar um desses, sempre haverá alguma substância química. Êxtase não é o que você está buscando.

Ao longo de nossas vidas, todos nós tentamos descobrir "Quem sou eu?" Isso é tudo que estamos fazendo nesta vida, nestes corpos: estamos tentando descobrir quem somos. Finalmente, neste encontro com Ramana Maharshi, essa busca se torna consciente. Agora, finalmente, surgiu em sua vida a oportunidade de tornar esta busca que é a sua desde o seu nascimento, em uma busca consciente, direta e sem intermediação.

Quem sou eu? Para quem surge este êxtase? Para quem surge esta confusão?

Quem sou eu? Encontre a si mesmo.

John Sherman

Fonte: http://www.riverganga.org/Translations/tr-the-final-obstacle-port.shtml


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John Sherman



Autoinquirição

Clique nos títulos abaixo para ter acesso ao texto completo:

Considerações

Ao ler John Sherman, inicialmente duvidei se ele sabia sobre o que estava falando.

Eu acredito que a maneira que John Sherman aborda a questão do ego, pode confundir alguns iniciantes. Portanto, para compreender melhor o que ele diz, é necessário saber antes o que significa "identificação equivocada".

Auto-Investigação

Se é verdade que a causa de todo o meu sofrimento é uma falsa crença sobre o que eu sou, a única coisa que realmente importa é saber a verdade do que eu sou. E saber a verdade forçosamente me libertará de qualquer ideia falsa sobre o que eu sou. Nada mais pode fazer isso.

A Verdade Sobre Quem Eu Sou

Você está aqui, disso você tem certeza. Portanto, de onde vem esta certeza? Por que você tem tanta certeza disso? O que há em você que lhe dá certeza de que você existe? Eis a totalidade da auto-investigação. Só o que precisa acontecer para você acabar com a crença falsa do que você é, é que você deliberada e conscientemente volte sua atenção para procurar e encontrar seja lá o que for que lhe dê certeza de que você existe. Que dificuldade pode haver nisso? Você nunca está ausente, nunca está faltando e nunca muda. Que dificuldade pode haver em vivenciar deliberada e conscientemente a realidade de ser quem você é?

O Mais Elevado Ensinamento

Tudo, toda experiência pode ser previamente eliminada. A experiência do corpo, do pensamento, da emoção, as experiências de enlevo, de pesar, de raiva, em suma, tudo que é impermanente. A experiência da consciência oceânica, de bem-aventurança, de consciência divina, de paz, nada disso pode ser o que você está procurando.

O que você busca é o que é permanente, o que nunca mudou, o que nunca se moveu, o que é absolutamente inevitável. Acordado, adormecido, você está presente. Sempre o mesmo.


Tudo isso que descrevo inadequadamente é o seu estado natural. É disso que Ramana fala: sahaja samadhi ou estado natural. Este é o seu estado natural de ser. E ele não passa a existir em algum ponto no tempo; ele simplesmente se revela quando sua atenção está voltada para o seu próprio ser, e não para o pesar, a confusão, para aquilo que você sabe, ou para a paz.


Quem sou eu? A que estou me referindo quando digo a palavra "eu"? Esta pergunta aponta para o alvo da sua investigação. A que estou me referindo quando digo a palavra "eu"? Eu sei do que estou falando quando falo de minha camisa marrom. Sei a que objeto estou me referindo. Sei aonde minha mente vai se você me perguntar "Que tipo de relógio você está usando?" Aonde vai a sua mente quando eu lhe pergunto "Quem é você?"

Essa é a fonte, essa é a origem, esse é o campo. E o que se pede a você é simplesmente isto: mantenha sua atenção nisso, não se satisfaça com nada mais; e veja que todas as coisas que você pensou que eram o objeto de sua vida espiritual são puro lixo. Não servem para nada.

Tudo Que Você Vê é Você Mesmo

A sugestão de Ramana é que você mantenha a sua atenção em seu ser, em você mesmo, e esqueça tudo que sabe sobre coisas espirituais. Este é o primeiro pré-requisito. Você tem que esquecer tudo; tem que jogar tudo fora. Tudo. Em seguida, você tem que voltar a sua atenção para dentro, e provar esta sensação de "mim mesmo" que está inescapavelmente presente. O objetivo disto é romper com o transe da identificação equivocada. O objetivo disto é experimentar conscientemente o sabor que você tem. Quando você entender, quando você perceber, quando você tiver a experiência consciente, por um segundo que seja, do que é o seu ser, você saberá, final e irreversivelmente, que tudo que você vê é você mesmo.

O Propósito da Sua Vida

Portanto, parece que passamos nossas vidas num frenesi, tentando fazer todo o possível para descobrir, ou nos tornar, ou criar quem somos. E sempre fracassamos. Obviamente fracassamos. É óbvio que fracassamos, já que não temos a menor idéia, não há qualquer possibilidade de descobrir quem somos.

Foi isso que aconteceu na minha vida. Em retrospecto, tudo que fiz nesta vida foi uma tentativa de descobrir ou criar alguém, para que eu pudesse saber quem eu era. Nunca me ocorreu apenas olhar e descobrir por mim memo. Eu não sabia. Eu queria saber. E fiz tudo que pude para criar algo que fosse razoavelmente coerente e permanente para que eu pudesse dizer: "eu sou isto". "É disso que estou falando quando digo eu: o revolucionário comunista, o maquinista, o filósofo, o assaltante de bancos, um cara legal, etc." De certo modo, um homem bom. Tinha que ser um homem bom.

Esforço e Naturalidade

Portanto, esqueça as experiências. O que você está buscando não é uma experiência. Você já teve muitas experiências. O que você está procurando não é um novo sentimento. Você já teve muitos sentimentos. O que você está buscando é o seu ser, é você mesmo, cuja única característica é a permanência. É isso que você chama de "eu". Seu ser é aquilo a que você se refere quando diz a palavra "eu". Esta é uma pista. E eu lhe digo para concentrar toda a sua energia, todos os seus recursos, toda a clareza intelectual e inteligência que você tem à sua disposição em um único objetivo: descobrir o que você é.

O Obstáculo Final

Portanto, se o êxtase que você experimenta desaparece e é substituído pela confusão, ele não é o que você está buscando. Se desaparece, não é o você está procurando. O que você está buscando é o seu ser, que nunca mudou e nunca mudará. Você sabe disso. Ali nada muda: nascimento e morte não existem.

Esta é a beleza do vichara, a auto-investigação. Esta é a sua magnificência. Tudo é o seu mestre. Tudo: todos os pensamentos, todos os sentimentos, todos os momentos de bem-aventurança ou de confusão agora levam você de volta ao seu ser. Basta você inverter a direção de sua atenção e segui-la de volta à fonte. Tudo isso é o guru exterior, que empurra você para o guru interior, que o está atraindo para si. Todo pensamento, toda confusão, todos os erros e enganos, todos os acertos, tudo está indicando: "Ali, ali".










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